A capital do Paraná já registra a maior incidência de dengue da série histórica, iniciada em 2015. Até o momento, há 1,2 mil notificações por 100 mil habitantes e 439 casos confirmados por 100 mil habitantes neste ano de 2024. Em 2015, eram 15 casos confirmados e 77 notificações. O segundo ano com maior registro de casos e notificações por 100 mil habitantes foi 2016, com 332 notificações e 26 casos. Os dados são do painel de monitoramento da dengue da Secretaria Municipal de Saúde.

O percentual de casos confirmados em 2024 está em 36,4%. No ano passado, Curitiba apresentou o segundo maior percentual da série histórica, de 23,99%.

A cidade já contabiliza 8.625 casos de dengue em 2024, um aumento de 98% se comparado com os casos confirmados do ano passado: 687.

SAIBA MAIS:



Em Curitiba, três pessoas morreram por dengue neste ano. Uma das vítimas é uma criança de nove meses, que não apresentava comorbidades, mas ainda assim teve complicações ocasionadas pela doença. Os registros trazem preocupação, segundo a Secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella Nadas.

Curitiba não foi contemplada com doses da vacina contra a dengue. Segundo a secretária, o imunizante poderia ajudar no controle do avanço da doença, apesar de uma realidade distante. Até lá, é importante prevenir.

Sobre a vacinação contra a dengue, o médico pediatra do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, lembra que, com apenas uma dose da vacina, já é possível ter 80% de proteção.

O especialista orienta sobre os sintomas da dengue nas crianças, diante da alta incidência.

Segundo o último boletim da dengue de Curitiba, a cidade tem 21 pacientes com confirmação de dengue, residentes do município, internados em leitos SUS, sendo 20 em leitos clínicos e um em leito de UTI. A Secretaria de Saúde informa que os internamentos ocorrem diariamente, assim como as altas, com alterações dos dados ao longo do dia.