Números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde da prefeitura de Curitiba apontam que em apenas um mês e meio, a capital já registrou mais da metade de todas as ocorrências de dengue do ano passado. Foram 349 casos, sendo que em todo o ano de 2023, a cidade teve 687 ocorrências.

Dos 349 casos contabilizados até o momento, 311 foram de pacientes contaminados em outras cidades e 38 de pessoas que adquiriram a dengue em Curitiba, ou seja, o que equivale a 10,8% das ocorrências. No ano passado, dos 687 casos da doença, 652 foram importados de outras cidades e 35 adquiridos na capital.

Os números são relativos ao boletim epidemiológico da doença divulgado pela prefeitura com os dados de 1º de janeiro a 15 de fevereiro deste ano. A região mais afetada é o distrito sanitário do Tatuquara, com 55 casos importados e 21 de origem na própria localidade. O médico infectologista Moacir Pires explicou como se proteger da infecção.

A situação tem colocado a prefeitura de Curitiba em alerta, por conta do aumento de casos locais da doença. As ações de combate à dengue foram intensificadas na região do bairro Tatuquara. O especialista alertou que a dengue pode se manifestar com sintomas leves ou fortes, como febre e dor no corpo.

Neste sábado (17), 30 agentes de endemias circulam pelas ruas da região da Unidade de Saúde Rio Bonito para orientar moradores. O médico apontou que os casos mais graves da doença se manifestam com vômito e dores abdominais. A desidratação também é outro fator de alerta, já que a dengue é uma doença que pode matar.

Agentes de saúde têm passado pelos bairros da capital para orientar moradores a separarem entulhos que serão recolhidos por meio do Mutirão Curitiba Sem Mosquito. A população, quando orientada, deve colocar os entulhos para fora de casa até a data da passagem dos caminhões. No caso de resíduos menores, estes devem ser embalados antes do descarte. O médico falou sobre os cuidados.

Além da limpeza e descarte de objetos que podem acumular água, que servem como criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir não apenas a dengue, mas a chikungunya e a zika, é preciso estar atento às calhas de água. Muitas vezes, elas podem ficar obstruídas, o que gera um risco invisível para a população.

Até o momento, foram realizados quatro mutirões da prefeitura. Os caminhões de limpeza da Secretaria Municipal do Meio Ambiente recolheram mais de 91 toneladas de materiais considerados inservíveis, descartáveis, de resíduos sólidos e de entulhos separados pelos moradores da capital.