A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por meio do departamento da Pesquisa e Conservação da Fauna, informou nesta quinta-feira (15) que monitora as 188 capivaras que existem em Curitiba. Com o recente surto de febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, foram redobrados os cuidados com o monitoramento. Na cidade, não há nenhum caso da doença.

Segundo o órgão, o clima mais frio de Curitiba não favorece a existência de uma superpopulação de capivaras e nem de carrapatos. Além disso, a secretaria argumenta que a manutenção com roçadas e limpeza nas áreas de lazer dos parques municipais diminui a possibilidade de registros de carrapatos.

Até o momento, não foi detectado o agente causador da febre maculosa nas capivaras em parques curitibanos. A Prefeitura de Curitiba ainda divulgou que, desde 2015, intensificou o monitoramento das capivaras na cidade. Em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com a Unidade de Vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde, pesquisadores do Museu de História Natural Capão da Imbuia vêm monitorando as populações de capivaras na cidade, bem como a ocorrência e a distribuição de carrapatos nos parques de Curitiba.
Cuidados

As capivaras são animais silvestres nativos e que vivem há muito tempo no curso dos rios, mesmo aquelas que agora se encontram em condição urbana. Elas são, portanto, animais protegidos pela Constituição Federal (artigo 225) e pela Lei Federal 9605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).

Segundo o município, é importante advertir que o espaço da fauna selvagem deve ser respeitado e não devem ocorrer interações com os animais que vivem nos parques. Nesse sentido, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente instalou placas para alertar sobre a aproximação indevida com as capivaras do Parque Barigui.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) apontam um caso de doença febre maculosa confirmado em Foz do Iguaçu, em janeiro deste ano. Na região há outras 43 notificações em análise. No Brasil, este ano, já foram confirmados 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em mortes. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul e ocorrem de forma esporádica.

* Com informações da prefeitura de Curitiba