Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou que, no mês de maio, Curitiba ficou entre as 11 capitais que registraram aumento no preço dos itens que compõem a cesta básica. A alta registrada na capital paranaense, que ficou em sexto lugar, foi de 2,04% e elevou o valor para R$ 741,46.

A comparação dos valores dos itens básicos, entre maio de 2023 e maio de 2024, mostrou que quase todas as cidades tiveram alta.

Segundo determinação constitucional, o salário mínimo deve suprir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Partindo desse princípio, o Dieese fez uma estimativa mensal de quanto deveria ser o salário mínimo de um trabalhador e chegou ao valor de R$ 6.946,37. Esse montante supera em quase cinco vezes o mínimo atual que é de R$ 1.412,00.

Entre as maiores elevações registradas, em Curitiba, estão batata (37,65%), tomate (9,07%), café (8,00%), leite integral (2,70%), arroz parboilizado (2,42%), manteiga (1,53%), carne bovina de primeira (0,61%) e óleo de soja (0,60%). Já as maiores quedas foram registradas em produtos, como feijão preto (-12,54%), banana (-10,40%), farinha de trigo (-5,64%), açúcar refinado (-2,56%) e pão francês (-0,48%).

No ano, o conjunto de alimentos básicos apresenta aumento de 6,35% e em 12 meses o aumento é de 5,35%.

Conforme o Dieese, os curitibanos precisam trabalhar 115 horas e 31 minutos para comprar a cesta básica. Ou seja, se a carga horária média diária de trabalho é de oito horas, de segunda a sexta-feira, o trabalhador dedica cerca de 15 dias, somente para comprar os alimentos da cesta básica, que compromete mais sde 56% do salário mínimo.