Um ouvinte da CBN Curitiba relatou a demora para receber o resultado do exame da varíola dos macacos. Segundo informado, o teste foi realizado no dia 29 de setembro e o resultado deveria ter saído em dez dias, mas até o momento, há quase 15 dias, ele não recebeu retorno algum.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que, segundo o Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), a amostra do paciente foi cadastrada pela Unidade de Saúde Parolin, no dia 29 de setembro, e encaminhada ao Laboratório de Rede pela Secretaria Municipal de Curitiba, no dia 10 de outubro.

Ainda conforme o sistema, a amostra foi encaminhado ao Laboratório Central do Estado (Lacen) no mesmo dia. A Sesa complementou que caso isso tenha se concretizado, o Lacen deve receber a amostra entre esta quinta (13) e sexta-feira (14). Em seguida o resultado já é liberado no sistema.

O Laboratório Central do Estado informou que a testagem para diagnósticos de varíola dos macacos iniciou em setembro, após ser incluído na lista do Ministério da Saúde. Dados da semana passada apontaram que já foram realizados 261 testes.

O exame é realizado a partir de uma amostra coletada, preferencialmente, das secreções das lesões. Se as lesões já estiverem secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico para a varíola dos macacos é feito exclusivamente por um teste do tipo PCR seguido de sequenciamento viral de partes específicas do vírus.

Desde o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na semana passada, quando foram registrados 227 casos, houve alta de 7%, com mais 16 novas confirmações, e agora o Paraná já soma 243 casos de varíola dos macacos. De acordo com o informe, Curitiba concentra o maior número de casos, 172 no total, seguida de Londrina e Cascavel, com dez casos confirmados em cada cidade.

Das 16 novas confirmações nove foram registradas em Curitiba, uma na Lapa, uma em Piraquara, uma em São José dos Pinhais, uma em Cascavel, uma em Ibiporã e duas em Campo Largo.

Em relação à vacina, o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil recebeu o primeiro de lote de imunizantes contra a varíola dos macacos. A remessa, com 9,8 mil doses, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, há quase dez dias, em 4 de outubro. Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses por meio do fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.

Segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos. Por isso, a análise pretende gerar evidências sobre efetividade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão das autoridades de saúde.

A Sesa informou que até o momento o Paraná não recebeu nenhuma vacina. E também que não há orientações sobre quando e como essa imunização deverá ser realizada.

A transmissão da varíola dos macacos entre humanos acontece principalmente por meio de contato direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Por isso, alguns cuidados devem ser adotados para não se infectar com o vírus, como explicou a secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

Os sintomas causados pela doença, em uma primeira fase, são semelhantes aos sinais de uma gripe, com quadro de febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fadiga, que podem durar em média três dias. Já na segunda fase aparecem as lesões na pele.