O número de pessoas atropeladas aumentou em Curitiba. No primeiro semestre deste ano, 165 pessoas foram vítimas deste tipo de acidente. Um crescimento de 5% contra os 157 feridos no mesmo período do ano passado. Os dados são do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran).

Nesta semana dois acidentes em Curitiba com atropelamentos chamaram atenção pela gravidade. Na quinta-feira (05), um acidente entre dois carros no bairro Cabral, deixou uma mulher morta e outra ferida. A batida aconteceu próximo de um ponto de ônibus. Os carros colidiram em um cruzamento e um dos veículos acabou arremessado até o local onde estavam mãe e filha.

Nesta sexta-feira (06) uma mulher, de 70 anos, morreu e outras quatro pessoas ficaram gravemente feridas. Uma delas teve as duas pernas amputadas, segundo informações do Corpo de Bombeiros. O acidente aconteceu na região da Praça Tiradentes, centro da cidade. Um carro desceu parte da rua, ao lado da Praça, na contramão e invadiu a calçada. A motorista, que teve ferimentos moderados, alegou mal súbito.

Andar na calçada não é mais seguro? Quais medidas devem ser tomadas para evitar esse tipo de acidente?

Hugo Alexander Martins Pereira, engenheiro civil, mestre em engenharia de transportes e professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Positivo, lembra que a velocidade máxima permitida em determinados pontos da cidade precisa ser revista.

O formato das vias também pode interferir no aumento de atropelamentos. Ruas com mais curvas são mais perigosas.

O especialista fala ainda sobre a importância da instalação de vias calmas na região central de Curitiba.

Cada componente do trânsito tem sua parcela de responsabilidade. No caso dos condutores de veículos, o especialista reforça: é preciso mais atenção.

De forma geral, Curitiba registrou 3,4 mil acidentes de trânsito, de janeiro a agosto deste ano. Foram contabilizadas 32 mortes nos locais das ocorrências e 2,3 mil feridos. De janeiro a agosto de 2022, 3,8 mil acidentes foram registrados, com 42 mortes e 2,4 mil feridos.