Curitiba está entre as capitais do país com um grande número de adeptos dos charutos, um mercado financeiramente rentável e cercado de rituais. A presença das mulheres, ao contrário do que muitos pensam, também é marcante nas charutarias, ambientes antes frequentados principalmente pelos homens.

Um hábito ou um ritual? Nas telas de cinema, os charutos aparecem nas mãos de astros da sétima arte e diretores famosos. Nos filmes Os Intocáveis e Scarface, os personagens fumavam charutos.

O mestre do suspense, Alfred Hitchcok, mantinha um sempre à mão. E a explicação para que o psicanalista Freud também fumasse um puro? Alguém tem?

O empresário Fabiano Moraes, arrisca um palpite. Muito além de ser símbolo de glamour e status, o segredo é degustar.

Dono de uma tabacaria que oferece mais de 150 variedades premium, classificação dada aos charutos que são enrolados com folhas inteiras, ele desmistifica alguns tabus.

A casa entre as quatro maiores do país e há tempos deixou de ser um ambiente exclusivamente masculino. Fabiano revela que a clientela feminina está aumentando.

Daniele Lopez se tornou adepta das baforadas e decidiu buscar cursos sobre o assunto. Hoje ela é cigar sommelier.

A entrada das mulheres neste mercado tem acontecido aos poucos. Daniele é a representante nacional de uma marca que acaba de lançar um novo produto, com foco neste público. Um charuto feito por mulheres, para mulheres.

Os charutos não têm aditivos químicos e os mais caros são os feitos à mão. Ano passado, 456 milhões de charutos artesanais foram enviados para os Estados Unidos.

As remessas aumentaram 25,3% em relação a 2020. Os três maiores produtores de charutos do mundo registraram ganhos significativos em 2022.

A Nicarágua, líder de mercado, embarcou quase 241 milhões de charutos em 2021, um aumento de 29,4% em relação aos números de 2020. A República Dominicana registrou um ganho de 22,5%. Honduras teve um aumento de 18,3% nas exportações.

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