O perfil dos pacientes internados devido à Covid-19 no Brasil mudou em 2022, se comparado aos anos anteriores da pandemia. No Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), nos meses de maio e junho deste ano, o número de internados foi menos de 10% do registrado no mesmo período de 2021, passando de 274 para 23. O número de doentes que precisaram de ventilação mecânica também caiu, de 61% para 39%.

De acordo com o intensivista e gerente médico do hospital, Jarbas da Silva Motta Junior, a procura por conta de síndromes respiratórias com a chegada do frio foi grande, mas a maioria foi ocasionada por outros vírus.

No primeiro ano da pandemia, além de hospitais cheios, a necessidade de cuidados de alta complexidade era muito maior. A vacinação é o que fez mudar esse quadro do perfil dos pacientes. A média de idade dos pacientes subiu, passando para mais de 70 anos e 71% deles com comorbidades.

Em Curitiba, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, seis pacientes com Covid-19 estavam internados em leitos de UTI na última sexta-feira (01); outros 29 pacientes, referentes a casos suspeitos ou confirmados, estavam em leitos de enfermaria. No Paraná, até este domingo (03), 627 pessoas estavam internadas nos leitos SUS (153 em UTIs e 474 em leitos clínicos/enfermaria), seja por suspeita ou diagnóstico de Covid-19 ou por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).