A carga de coronavírus encontrada nos esgotos de Curitiba está na forma inativa e não é infecciosa. Esse é o resultado apontado pela Rede Monitoramento Covid Esgotos, vinculada à Universidade Federal do Paraná.

Na quarta-feira da semana passada a UFPR tinha publicado um informe no qual alertou que houve no final do ano um aumento de 31 vezes na carga do novo coronavírus encontrado no esgoto de Curitiba, em comparação a semana anterior.

Os dados foram obtidos pela soma das cargas das cinco Estações de Tratamento de Esgotos, monitoradas da capital paranaense, que atendem juntas toda a população da cidade e uma fração da região metropolitana.

Desde agosto de 2021 as cargas não atingiam patamares tão elevados.

Na nova publicação, em que mostra que o vírus está inativo no esgoto, a Universidade Federal do Paraná citou uma pesquisa internacional que realizou uma ampla revisão de diversos estudos científicos e que mostrou que não há evidência documentada que o vírus Sars-CoV-2 tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água.

Ainda segundo a UFPR, cabe ainda destacar que o sistema de esgotamento sanitário é separado do sistema de abastecimento de água, não havendo, portanto, possibilidade de contaminação da água potável pelo esgoto. Segundo a Rede Monitoramento Covid Esgotos o controle de riscos de contaminação do sistema de abastecimento pelo sistema de esgotamento segue normas técnicas desde seu projeto à sua construção e operação.

A UFPR também coloca na nota publicada que as partículas virais detectadas e quantificadas são apenas indicadores da infecção de pessoas pela Covid-19, com vistas à vigilância epidemiológica, e não representam risco de infecção adicional, não sendo necessário cuidados adicionais em relação a água potável.

A Rede Monitoramento Covid Esgotos foi criada com o objetivo de ampliar a disponibilidade de informações para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 por meio do monitoramento do Sars-CoV-2 nos esgotos das capitais brasileiras Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e do Distrito Federal.