A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba orienta a vacinação contra a coqueluche também para os profissionais de saúde, principalmente os que atuam em maternidades e clínicas pediátricas. A pasta segue recomendação do Ministério da Saúde, após o registro de novos casos de coqueluche em todo país. Entre as doenças imunopreveníveis, a coqueluche está entre as que podem ser muito graves para os bebês. A primeira dose da vacina que protege contra a doença é aplicada aos 2 meses, portanto, para proteger os recém-nascidos, é essencial que gestantes e puérperas (mulheres que tiveram bebês em até 45 dias) sejam imunizadas.

A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B, tem esquema vacinal de três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses. O reforço é aplicado com a vacina DTP, versão do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, aplicada aos 15 meses e outra dose aos quatro anos.

Para adultos, a vacina aplicada é a dTp acelular, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para gestantes, puérperas (mulheres que tiveram bebês em até 45 dias) e profissionais de saúde. No caso de gestantes, mesmo que a mulher tenha sido vacinada em gestações anteriores, essa vacina deve ser aplicada em cada período gestacional, para garantir a imunidade para a criança.

O público-alvo de imunização contra a coqueluche pode procurar uma das 108 Unidades de Saúde de Curitiba para se vacinar.

A Secretaria vai concentrar a vacinação dos profissionais de saúde nos hospitais e maternidades onde trabalham, mas aqueles que atuam em clínicas pediátricas, por exemplo, também podem procurar a imunização em uma das unidades de saúde de Curitiba, comprovando sua situação laboral para ter direito à dose pelo SUS. Curitiba tem cerca de 10 mil doses da vacina dTpa em estoque para essa iniciativa.

Numa segunda etapa, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a SMS vai convocar trabalhadores de creches e escolas de crianças menores de quatro anos para receber a dose contra a coqueluche. Para isso, aguarda o recebimento de novos lotes do imunizante.

Mesmo quem já teve coqueluche ou foi vacinado na infância, não está protegido contra a doença, o que reforça a necessidade de priorizar a vacinação das gestantes, puérperas e profissionais de saúde.

Em Curitiba, a cobertura vacinal da pentavalente, aplicada nos primeiros 6 meses de vida do bebê, está em 86,7%, enquanto a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Já o primeiro reforço, aos 15 meses, está em 80,4%, e o segundo reforço, aplicado aos 4 anos, atingiu somente 62,1%.

Em 2024, Curitiba confirmou dez casos de coqueluche, de janeiro a 20 de junho. Em 2023, a capital paranaense não teve registros da doença.

No país, alguns municípios têm enfrentado surtos de coqueluche neste ano. O Estado de São Paulo registrou 139 casos nos primeiros cinco meses do ano. No Paraná, já foram confirmados 24 casos entre janeiro e a primeira semana de junho, sendo que em todo ano de 2023 foram 17 registros da doença.

 

* Com informações da SMCS