Integrantes da Secretaria Municipal Obras Públicas de Curitiba participaram, nesta quarta-feira (16), da prestação de contas da pasta na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), sobre um dos assuntos mais polêmicos dos últimos anos, as obras na Linha Verde.

A Linha Verde começou a ser construída no dia 12 de janeiro de 2007, partindo do Sul em direção ao Norte.

Neste ano, as obras completam 16 anos. Nesse período, quatro prefeitos tocaram a construção da principal ligação entre as regiões Norte e Sul da cidade. E a conclusão deve demorar, pelo menos, mais dois anos, segundo a própria secretaria.

O diretor técnico da Unidade Técnico-Administrativa de Gerenciamento de Projeto (UTAG) do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Márcio Teixeira, falou sobre o lote 4.1 da Linha Verde Norte, o mais polêmico e mais atrasado de todo o projeto.

Esse lote se refere as obras entre os bairros Bacacheri e Atuba, próximo ao limite com o município de Colombo. O trecho é considerado o mais complexo de todas as etapas das obras na Linha Verde, pois, exige a construção de trincheira, viadutos, calçamento, entre outros pontos.

Duas empresas já assumiram essa etapa do projeto e ambas tiveram o contrato rescindido com a Prefeitura de Curitiba. Por conta disso, as obras nesse trecho devem ser retomadas somente em julho, sete meses após a última rescisão contratual.

Márcio Teixeira falou, inicialmente, da primeira empresa, a que venceu a licitação e que, em oito meses, realizou apenas 4% das obras, entre novembro de 2018 e junho de 2019.

O diretor técnico da UTAG falou também sobre a segunda empresa que atuou durante dois anos e, mesmo assim, realizou apenas 1/5 das obras.

A Linha Verde Norte possuiu outros dois lotes que também foram alvo de muitos questionamentos nos últimos anos.

O lote 3.1, desde o Viaduto da Avenida Victor Ferreira do Amaral ao Rio Bacacheri, incluindo as Estações Fagundes Varela e Vila Olímpica, que foi concluído em julho de 2021.

Já o lote 3.2, que é a trincheira da Rua Fúlvio Alice, que forma o binário com a Gustavo Rattman/José Zgoda na ligação ao Bairro Alto por baixo da Linha Verde, tem previsão de conclusão no final deste mês.

Na última semana, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) solicitou ao Poder Executivo informações sobre a paralisação das obras no Lote 4.1. A administração municipal tem 10 dias para apresentar os esclarecimentos, mas o prazo pode ser prorrogado.