Os clientes residenciais da Copel vão ter reajustes de 1,58% na tarifa da energia elétrica. A medida vale a partir de sexta-feira, dia 24, e foi definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica, orgão regulador federal que calcula a tarifa de energia elétrica de cada estado.

Os clientes residenciais correspondem 82,3% do total de consumo da Copel. 10,6% são clientes em baixa tensão, para eles o reajuste será de 2,07%. Já, na média, a tarifa de energia da Copel aumentará 4,90% – esta média inclui os clientes atendidos também em alta tensão, que seriam os chamados grandes consumidores.

Sobre esse ajuste, a Copel foi procurada pela reportagem da CBN Curitiba e por meio de nota disse que o reajuste médio ficou muito abaixo da inflação. Nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), dado também utilizado pela Aneel para determinar a tarifa, subiu 11,73%.

Segundo a Copel, Para que o ajuste ficasse abaixo da inflação, foram abatidos, na sua composição, créditos do PIS/Confis oriundos de ação judicial vencida pela Copel, já reconhecidos e que têm previsão de restituição nos próximos 12 meses pelo governo federal à companhia, além da redução da Conta de Desenvolvimento Energético, cujo valor anual é fixado pela Aneel.

A Copel alega que desde o fim da incidência do PIS e Cofins sobre o ICMS, decretada pelo poder judiciário, a Copel excluiu a cobrança da tarifa. Assim, a partir agosto de 2020, os clientes da Copel tiveram redução média de 3,8% na tarifa de energia, com variação de 3,5% a 4,1% conforme a classe de consumo.

Com autorização da Aneel, em junho de 2021, a Copel utilizou R$ 702 milhões do valor a ser restituído na época do ajuste tarifário para reduzir a correção prevista.