A consulta pública online sobre a licitação do transporte coletivo de Curitiba foi prorrogada até 17 de novembro. O processo, que teve início em 19 de setembro, seria encerrado nesta sexta-feira (17). Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), houve pedidos para a extensão da consulta por parte da população que vem participando das audiências públicas sobre o leilão, que deve ser realizado nos próximos meses.


SAIBA MAIS


É possível participar pelo link: https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/licitacaoTransporteColetivo.

Segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), desde o início da consulta pública já foram contabilizadas 188 manifestações sobre a licitação. As manifestações serão analisadas e sistematizadas e as respostas serão publicadas no site no prazo de até 30 dias após o encerramento da consulta pública.

O objetivo é que cidadãos, representantes de entidades governamentais, comunitárias e setoriais possam contribuir com sugestões e propostas antes da publicação do edital e a realização do leilão. A ideia é, além de promover transparência, garantir o diálogo do poder público e a sociedade para melhorar o serviço do transporte na capital e para que ele atenda às necessidades da população.

O que prevê

A nova concessão do transporte coletivo prevê a modernização do sistema, com novas rotas, investimento em ônibus zero emissões e implantação de integração temporal entre todas as linhas da capital, com foco na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.

O leilão será de cinco lotes – dois de BRTs (abrangendo as linhas que circulam em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de operação de 15 anos.

Os investimentos previstos são de R$ 3,7 bilhões no período e incluem a aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos, de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos ao longo do contrato.

O projeto também contempla a construção de dois eletropostos públicos, nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia. Além disso, estão programadas a construção e requalificação de 16 estações-tubo, reformulação de traçados de 30 itinerários e criação de cinco novas linhas. A nova concessão também prevê um fundo garantidor inédito para dar segurança financeira ao projeto e novos indicadores de qualidade do serviço.

A previsão é que a transição para a nova concessão dure até dois anos, período em que a tarifa, atualmente em R$ 6, não será reajustada.

O sistema integrado de mobilidade (Sim) de Curitiba envolve 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus. São 555 mil passageiros pagantes/dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês.

– Com informações da prefeitura de Curitiba