O responsável pela Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil do Paraná em Curitiba, Edgar Santana, disse em entrevista coletiva, no final da manhã deste sábado (7), os motivos que levaram à prisão da mulher que atropelou quatro pessoas, matando uma delas. O caso aconteceu nesta sexta-feira (6), próximo da Praça Tiradentes. Ele afirmou que foram verificadas negligência e imprudência por parte da condutora de 69 anos.

Durante depoimento, ela alegou ter sofrido mal súbito quando invadiu a contramão com o carro em que dirigia, atingindo os pedestres. Uma das vítimas teve uma perna amputada. Ela segue internada no Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Outras duas pessoas que ficaram feridas foram encaminhadas para o Hospital Evangélico, e uma delas segue internada com traumatismo craniano. A mulher segue presa e deve passar por audiência de custódia até segunda-feira (9).

A mulher pode responder por homicídio culposo contra uma vítima e tentativa de homicídio de outras três pessoas. O delegado informou que não foi verificada, a princípio, qualquer prova que indique que a motorista tenha passado mal antes de causar o acidente. O etilômetro não indicou uso de bebida alcoólica. Testemunhas que estavam no local da ocorrência foram ouvidas pelos investigadores.

O delegado explicou que, no caso dela, não cabe fiança por parte da Polícia Civil. Porém, o judiciário pode delimitar se considerar necessário. A pena para o crime cometido pela mulher pode ultrapassar os quatro anos de reclusão. Ela segue detida até a audiência, quando será definido se ela responderá ou não em liberdade.

A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito, prazo que pode ser estendido até 30 dias, prorrogável pelo mesmo período.