O Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná quer que o Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal interfiram e garantam que a Prefeitura de Curitiba tome medidas urgentes para proteger e abrigar a população indígena que passa pela capital.

Eles pedem a reabertura da Casa de Passagem, local que hospedava indígenas na capital e que foi fechada pela Prefeitura de Curitiba por conta de pandemia de Covid-19.

Segundo Marcel Jeronymo Lima Oliveira, presidente do Conselho, não há justificativas para que os indígenas não sejam atendidos na cidade.

Treze mulheres, dez crianças e dois homens estão acampados há quase duas semanas no pátio do Palácio das Araucárias, sede da Secretaria de Justiça do Paraná. O grupo vive na Reserva Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, a 328 km de Curitiba, e todo fim de ano vem a Curitiba vender os artesanatos que a aldeia produz.

Fechada há quase dois anos, a Casa de Passagem era administrada pela Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS).

A Prefeitura de Curitiba informou que está acolhendo famílias indígenas que chegam à capital em duas unidades. A unidade Capão da Imbuia, na rua Clávio Molinari, 1523, no bairro Capão da Imbuia, atende exclusivamente mulheres e crianças indígenas, enquanto os homens são acolhidos no Hotel Social Tabaj, na Av. Presidente Affonso Camargo, 355, no Jardim Botânico.

Além desses espaços, a FAS oferece ainda acolhimento – para aqueles que aceitam – nos demais abrigos existentes na rede.

Marcel questiona a informação da Prefeitura. O pedido é para que as famílias não sejam separadas.