A análise do projeto Parceiro da Escola teve como contexto uma enorme confusão. Parte dos professores que entrou em greve nesta segunda-feira (3), e que pretendia acompanhar a votação, invadiu a Assembleia Legislativa um pouco antes do início da sessão plenária.
O policiamento já estava reforçado na região do Centro Cívico e no entorno do prédio da Assembleia Legislativa. Os professores forçaram a entrada na sede do Poder Legislativo e, a partir disso, houve reação das equipes policiais, que soltaram bombas de efeito moral.
Os manifestantes ocuparam as galerias da Assembleia e as rampas de acesso ao prédio. Com isso, o plenário foi isolado, com reforço no policiamento. Três pessoas ficaram feridas durante invasão, segundo o Corpo de Bombeiros. Um homem de 24 anos e uma mulher de 23 anos foram levados para o Pronto Socorro do Cajuru, enquanto uma mulher de 51 anos foi encaminhada ao Pronto Socorro do Evangélico.
Representante dos professores, a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, afirmou que os manifestantes forçaram a entrada na Assembleia em função da falta de diálogo.
Diante disso, o deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, decidiu suspender temporariamente a sessão diante da falta de segurança.
A sessão foi retomada no final da tarde, de forma on-line. Entretanto, os deputados de oposição permaneceram no plenário e participaram remotamente. O restante dos parlamentares ficaram em outros locais.
Assim, a votação teve prosseguimento e resultou em um placar favorável ao governo de 39 votos contra 13. O projeto volta à análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em plenário na tarde desta terça-feira (4).
A Comissão Executiva da Assembleia informou que está fazendo levantamento dos danos ao prédio. Inicialmente foi identificada a quebra de portas de vidro e acesso ao plenário, arrombamento do portão do estacionamento – por onde os manifestantes entraram – e depredação de cadeiras nas galerias.
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