Pelo segundo mês seguido, o Índice de Confiança do Empresário Industrial caiu. Está em 53,9 pontos, numa escala que vai de zero a 100. O resultado mostra uma tendência de queda, já que os números caíram 4,8 pontos em relação a janeiro e três pontos na comparação com fevereiro.

Na comparação com o mesmo período de 2021, a diferença aumenta. Em janeiro do ano passado, o Índice de Confiança ficou em 67,8 pontos. Em fevereiro, em 63,8; e, em março, segunda onda da Covid-19 no Brasil, havia fechado em 53,3 pontos.

Embora os números não pareçam favoráveis agora, o indicador ainda está bem acima do registrado no pior momento da pandemia, em maio de 2020, quando caiu a 31,6 pontos. Segundo o economista da Fiep, Marcelo Alves, os resultados de agora já podem ser reflexo do conflito entre Ucrânia e Rússia, no leste europeu, e dos frequentes reajustes no preço dos combustíveis aqui no Brasil.

Não só indústrias que importam insumos e matérias-primas de alta tecnologia e produtos químicos são afetadas pela alta cotação do barril de petróleo no mercado internacional. O economista da FIEP considera que problemas dentro do Brasil também fizeram com que a confiança da área industrial diminuísse.

Observando a composição do Índice de Confiança do Empresário Industrial, tanto o indicador de condições, que avalia a economia e os negócios nos últimos seis meses, quanto o de expectativas, referente aos meses futuros, contribuíram para a queda no indicador de confiança em março. O primeiro ficou na zona de pessimismo, com 45,3 pontos, enquanto o de expectativas chegou a 58,2 pontos. Em fevereiro, o índice de condições estava 48,7 e o de expectativas em 61 pontos.