Motoristas que precisam passar pela BR-277, no sentido litoral, encontram congestionamento mesmo após a liberação do tráfego na rodovia, que foi atingida por um desmoronamento de pedra na altura do km 39 na pista que vai para Paranaguá. A área foi parcialmente interditada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) por conta do risco de novos deslizamentos.

Durante a manhã desta sexta-feira (26), os condutores que seguiam para as praias encontravam lentidão por volta do km 45, enquanto no sentido contrário, a fila era menor e estava concentrada perto do local do desvio, por conta da maior quantidade de faixas para a subida. Durante o início da manhã, o congestionamento chegou a seis quilômetros na descida.

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Para quem precisa passar pela região, a situação é incômoda. O caminhoneiro Pedro Rodrigues disse que costuma viajar quase todos os dias de Curitiba para Paranaguá. No congestionamento registrado nesta quinta-feira (25), ele ficou horas parado no trânsito. A situação já estava melhor nesta sexta.

Durante a tarde desta quinta-feira, o DNIT e a Polícia Rodoviária Federal liberaram apenas uma faixa no sentido Paranaguá. O desmoronamento aconteceu no mesmo dia, durante a madrugada, em Morretes. A rodovia foi liberada apenas 13 horas depois. O órgão de infraestrutura apontou que existe risco moderado de novos deslizamentos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a situação do trecho e a orientação é de que os motoristas redobrem a atenção. Na PR-410, a Estrada da Graciosa, o tráfego é intenso, mas sem registro de paradas. Mas para quem opta pela BR-277, como o motorista de caminhão Volnei Sclemin, até a subida está difícil.

A interdição desta quinta atrasou a viagem de vários motoristas que queriam voltar do litoral. É o caso da dona de casa Simone Pickarski, que é de Curitiba, e remanejou a volta para a casa por conta do congestionamento gerado após o deslizamento. Mesmo após a liberação, ela encontrou trânsito intenso, mas com menor lentidão.

O Victor Cademartori, que é aposentado, aproveitou o mês de janeiro para passear no litoral. Após o deslizamento prejudicar o trânsito para quem precisava passar pela área, ele também decidiu aguardar um dia a mais no litoral para poder voltar. A expectativa, para ele, era de escapar do congestionamento até retornar para a capital, onde mora.

Na BR-376, que liga a capital ao litoral catarinense, a Arteris Litoral Sul, concessionária que administra a rodovia, informou que não havia, até o início da tarde desta quinta, registro de congestionamento no trecho de serra, em Guaratuba. A região da cidade foi atingida por um grande volume de chuva ao longo dos últimos dias.

Na quarta-feira (24), o trânsito chegou a ser interditado na região de serra por questões de segurança, mas liberado depois. Em Tibagi, a mesma rodovia, no trecho em que ela não está sob concessão de pedágios, há trânsito lento na altura do km 321 e fluindo pelo acostamento após o tombamento de um caminhão. Neste caso, o desvio não teve relação com a chuva.