Foi anulado nesta quarta-feira (3) pelo Tribunal Regional de Berna-Mittelland, da Suíça, o processo que condenou por estupro o técnico curitibano Alexi Stival, o Cuca. A acusação se devia a um episódio ocorrido em Berna, em 1987, envolvendo quatro jogadores do Grêmio (Cuca era um deles) e uma menina de 13 anos. A informação é do portal G1.

Não cabe mais recurso em relação a esta decisão que aconteceu após um pedido de reabertura do caso, feito pela defesa do treinador em novembro do ano passado. O argumento: Cuca foi julgado sem representação legal, em 1989. Não houve, porém, um novo julgamento porque, segundo o Ministério Público da Suíça, o crime já estava prescrito. Por isso, a juíza Bettina Bochsler acatou uma indicação do órgão, que sugeriu o fim do processo sem entrar no mérito da questão: o ex-jogador não foi considerado culpado, nem inocente.

Na época, Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 anos de prisão por atentado ao pudor e uso de violência, mas não houve cumprimento de pena porque o Brasil não tem tratado de extradição com a Suíça. Outro atleta do Grêmio na ocasião, Fernando, foi absolvido da pena por atentado ao pudor, mas também recebeu condenação por uso de violência.

Com a anulação, Cuca também tem direito a uma indenização de 9.500 francos suíços (aproximadamente R$ 55 mil) e deve aceitar propostas para voltar ao futebol. Em abril do ano passado, a contratação do técnico pelo Corinthians gerou inúmeros protestos e Cuca, pressionado, pediu demissão após dois jogos.