O levantamento da Fecomércio Paraná mostrou que o bom desempenho do comércio paranaense representou um crescimento nas vendas de 9,89% no período de janeiro e outubro do ano passado. Os dados ainda são parciais, faltando a análise dos meses de novembro e dezembro, este último considerado um dos principais para o varejo.

Apesar do contexto macroeconômico pouco favorável, incluindo o avanço da inflação, os dados parciais de 2021 indicam a retomada do varejo paranaense, segundo Rodrigo Schmidt, coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio-PR.

Os ramos com vendas mais altas entre janeiro e outubro de 2021 foram os seguintes: óticas, cine-foto-som, que apresentou alta de 20,73%; calçados, com aumento de 20,16%; materiais de construção, com 19,68%; vestuário e tecidos, com alta de 16,57%; e autopeças, com aumento de 16,12%. Schmidt explica que um segmento específico ainda não conseguiu entrar neste movimento de retomada.

A região paranaense com o maior acumulado de vendas em 2021 foi a de Londrina, com alta de 21,58% no acumulado de janeiro a outubro. O segundo melhor resultado regional foi o de Maringá, com crescimento de 8,41% no mesmo período.

Curitiba e Região Metropolitana tiveram aumento de 8,21% no volume de vendas no período de janeiro a outubro, com destaque para as lojas de vestuário e tecidos (27,77%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (17,01%).

O aumento nas vendas na região sudoeste do Estado foi de 7,11% no mesmo período, enquanto no Oeste foi de 4,89%.

Especificamente sobre os resultados do mês de outubro de 2021, o comércio paranaense cresceu 0,45% na comparação com setembro. Já em relação a outubro de 2020, o mês de 2021 teve vendas 7,21% menores. Segundo a Fecomércio, estas reduções estão relacionadas ao contexto econômico brasileiro, com aumento contínuo da inflação, o que tem elevado os preços ao consumidor. Assim, muitas famílias estão tendo que conter gastos não essenciais.