A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), espera confirmar a previsão de lucro acima dos $ 2 bilhões este ano. Segundo a CNC, o volume de vendas pode apresentar alta de quase 2% em comparação com as vendas desse mesmo período em 2021. Embora seja esperado aumento nas vendas, o volume movimentado segue cerca de 6% abaixo do índice alcançado antes do início da pandemia do coronavírus, em 2019, que foi de mais de R$ 2,2 bilhões.

O coordenador de desenvolvimento empresarial da Fecomércio, Rodrigo Schmidt, fala sobre essas projeções.

Outro indicador importante, que revela a expectativa do comércio para a Páscoa, normalmente costuma ser baseado no volume de produtos importados. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior levantados pela CNC, este ano, os chocolates importados registraram alta de 8% frente a 2021, mas não conseguiram equiparar com 2019, antes da pandemia. No entanto, o bacalhau, outro produto tipicamente importado neste período do ano, apresentou queda de 17% na importação em relação a Páscoa de 2021.

Rodrigo Schmidt explica que o poder de compra das famílias diminuiu, por isso as vendas podem não ser tão significativas este ano.

E há opções para todos os gostos, desde os tradicionais chocolates ao leite até os produtos preparados sem açúcar ou lactose.

O proprietário da loja Cacau Show do Park Shopping Boulevard, Marcelo Alves, diz que a campanha de Páscoa é a mais importante do ano e representa cerca de 35% do faturamento total.

Já quem opta por produtos mais específicos, por questões de restrições alimentares ou de saúde, também encontra várias opções no mercado. Como explica a sócia da loja Guanaco Mercado Saudável, Lílian Lago.

Apesar da expectativa do comércio, algumas pessoas não se mostram tão dispostas a fazer as compras de Páscoa. E o principal motivo é o preço dos produtos.

A aposentada Maria da Graça Zimmermann fala que mora com o filho e não pretende comprar chocolates este ano. Um dos motivos é o preço elevado dos produtos. A aposentada diz que prefere fazer um bom almoço.

O vendedor Luiz Carlos Leite de Moraes diz que a atual situação econômica não permite comprar chocolate, pois os preços estão exorbitantes.

Já o taxista Ulisses de Farias, que tem seis netos, afirma que mesmo com os altos preços, vai comprar ovos de Páscoa para as crianças.