Mais de 1.800 pessoas vivem em situação de rua em Curitiba, segundo dados da Prefeitura da capital paranaense. O número, no entanto, pode ser ainda maior, em razão da subnotificação. São diversos os motivos sociais que acabam levando centenas de pessoas a esta situação.

Em muitos casos, ONGs e equipes da Fundação de Ação Social (FAS) realizam o apoio e acolhimento desses moradores. Os esforços, porém, não tem sido suficientes para diminuir a situação. É o que relatam comerciantes no entorno do Mercado Municipal.

A comerciante Karyne Iancoski é proprietária de uma lanchonete na Rua General Carneiro. Ela explica que a presença de moradores de rua na região não é novidade e que eles não costumam trazer problemas, mas relata um aumento no número de usuários de álcool e drogas nas últimas semanas.

Ela explica que casos de assaltos não costumam acontecer, mas que alguns usuários brigam entre si constantemente, fator que tem causado maior preocupação para as pessoas que trabalham nessa rua e que dependem da circulação de clientes.

A preocupação mais frequente de quem trabalha na região é com as abordagens. A vendedora Isadora Barros relata que as brigas acontecem em frente à loja em que trabalha e que alguns clientes acabam sendo coagidos.

A Rua General Carneiro é uma das vias que passam por reformas de revitalização do entorno do Mercado Municipal. Com a ampliação das calçadas e a implantação de áreas de convivência, um dos objetivos é justamente aumentar a circulação de pessoas na região.

No outro lado do Mercado Municipal, na Rua da Paz, problemas com a segurança também são frequentes para os trabalhadores. Udenir Cordeiro Tenório trabalha em uma loja de venda de materiais plásticos. Segundo ele, a população evita circular na rua no horário da noite.

Ainda segundo ele, a patrulha de acolhimento da Fundação de Ação Social (FAS) passa pela região com frequência, mas que muitos moradores optam por ficar na rua.

O pedido por apoio das equipes costuma ser a principal alternativa dos comerciantes. É possível solicitar o acolhimento pela Central 156 para pessoas em situação de rua.

Em resposta à CBN Curitiba, a Prefeitura reforçou que a Fundação de Ação Social (FAS) oferece acolhimento, alimentação, roupa, local para higiene e cursos de qualificação profissional e encaminhamento para o mercado de trabalho.

Confira os endereços de atendimento da FAS: https://fas.curitiba.pr.gov.br/conteudo.aspx?idf=1637
Em relação aos casos de violência, a Polícia Militar do Paraná informou que realiza o atendimento de acordo com os registros em Boletim de Ocorrência que se enquadram em algum tipo de crime. Crimes podem ser denunciados por meio do Disque Denúncia 181.