Empresários que atuam na cidade de Morretes, no litoral do Paraná, alegam que as constantes interdições na PR-410, conhecida como Estrada da Graciosa, têm prejudicado o faturamento dos empreendimentos. Em alguns casos, a queda nas receitas chega a até 40%, segundo os proprietários.

Na semana passada, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) precisou interditar, de maneira preventiva, a rodovia por causa da chuva que atingia a região. A rodovia foi bloqueada por volta das 12h de terça-feira (13) e liberada somente na sexta-feira (16).

A paralisação foi só mais uma das constantes interrupções que afetam o tráfego de motoristas que precisam passar pela rodovia para ter acesso ao litoral do estado. Sem opção para trafegar por ela, muitos condutores optam pela BR-277, que liga Curitiba a Paranaguá.

Os desvios têm incomodado, inclusive, comerciantes como o Nilton Leschak, que é proprietário de um supermercado na cidade de Morretes. Ele contou que o faturamento caiu de maneira drástica devido às interrupções no trânsito. Desde o final do ano passado, quando deslizamentos aconteceram na região, os transtornos são recorrentes.

O empresário Lourenço Malucelli Neto, que cuida de empreendimentos como restaurantes e pousadas em Morretes, contou como os problemas têm afetado moradores e empresários na cidade. Para ele, os problemas são grandes e, enquanto não houver melhorias na rodovia, boa parte do movimento será reduzido.

Em entrevista à CBN Curitiba, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, afirmou que o trecho exige uma grande quantidade de interdições por conta dos riscos de desmoronamentos de pedra e terra, o que pode colocar em risco a vida de condutores em períodos de chuva. Para evitar que o problema aumente, novas obras precisam ser feitas.

Ele afirmou que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) está abrindo um edital para obras específicas na Estrada da Graciosa. Ele explicou que os reparos no local são específicos devido ao traçado diferenciado da rodovia, que é antiga.

Além disso, os reparos na ponte que dá acesso ao Distrito de Porto de Cima têm causado preocupação em moradores. Para resolver o problema, o governo do Paraná tenta uma ajuda para que o Exército construa uma ponte provisória no período em que o trecho precisará ficar interditado, o que ainda não tem data para acontecer.