O julgamento do delegado da Polícia Civil, Erik Busetti, chegou ao terceiro dia nesta quarta-feira (3). Ainda serão ouvidas quatro testemunhas da defesa e a expectativa é de que o júri do acusado de matar a esposa e a enteada a tiros dentro de casa, em 2020, dure até sexta-feira (5).

O acusado chegou pela manhã ao Tribunal do Júri, em Curitiba. A acusação defende que ele responda por duplo feminicídio, por motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e crime cometido na frente de ascendente. A assistente de acusação, Louise Mattar Assad, falou sobre o caso.

Inicialmente, o julgamento tinha previsão para acabar nesta quarta-feira (3), mas tem se estendido ao longo dos últimos dias. Sete jurados compõem o conselho de sentença e vão definir se o delegado é ou não culpado e por quais qualificadoras ele deve ou não ser condenado, auxiliando a juíza responsável pela sentença.

Erik Busetti agrediu a enteada e, na sequência, matou a esposa, Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, com sete tiros, e a jovem de 16 anos, com seis disparos. O advogado de defesa, Renan Canto, insiste que a tese de feminicídio não pode ser levada em consideração e avalia que Erik tinha um bom relacionamento com as vítimas.

A filha de Erik com Maritza, na época do crime com 9 anos, estava na casa no momento do assassinato. Após assassinar a esposa e a enteada, ele a deixou com vizinhos e se entregou para a polícia. O advogado que defende o delegado disse quais são os próximos passos do julgamento.

O crime foi filmado por câmeras de segurança dentro do imóvel. O material é usado como prova contra o delegado. Para policiais militares, Erik Busetti confessou os assassinatos, mas ficou em silêncio durante o interrogatório. Ele ainda deve ser ouvido ao longo do julgamento. Além disso, são aguardados os embates entre acusação e defesa, além da deliberação dos jurados.