Os setores de agronegócio e de transportes seguem contabilizando prejuízos em razão das interdições para obras na BR-277, após deslizamentos – rodovia que leva ao Porto de Paranaguá, o principal de exportação de grãos da América Latina.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado do Paraná (SETCEPAR), no caso de alimentos, por exemplo, existe uma complexidade para o transporte de produtos perecíveis.

O presidente da SETCEPAR, Silvio Kasnodzei, afirma que as obras e a definição do pedágio são situações que têm de ser resolvidas o quanto antes. Ele pontua a estrutura atual das rodovias: “estão derretendo”.

O presidente da Federação das Empresas Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Malucelli, fala em perda de competitividade em relação a outros estados, como o de Santa Catarina.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) decretou situação de emergência na BR-277, km 33, sentido Paranaguá, na última sexta (31), por meio do Diário Oficial da União, em razão de “riscos ainda existentes aos usuários da rodovia”. No trecho, o Departamento realiza serviços de escavações. Já nos km 40 e no km 41,4 a recuperação está sendo realizada pelo Governo do Paraná, após a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica. 

As obras na encosta do km 41 da BR-277 devem finalizar no início de abril, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) – com atraso.

O Consultor de Logística da FAEP, Nilson Hancke Camargo, destaca aumento de custo de R$ 600 milhões de reais.

A Fderação solicitou estudo com alternativas de desvios para os motoristas.

Em 2022, o Porto de Paranaguá bateu recordes com uma movimentação de 58,3 milhões de toneladas de cargas. Segundo o Governo do Estado, os primeiros 14 dias de março registraram normalidade na movimentação de caminhões. Com 16.965 veículos de carga recebidos, média de 1,2 mil por dia. No mesmo período do ano passado foram 20.666. Foram movimentadas 1.841.927 toneladas em Paranaguá e Antonina nesses 14 dias, contra 2.044.735 no mesmo hiato do ano passado.

A CBN Curitiba procurou o DER mas não obteve retorno.