Em dois anos, o número de infrações pela falta do uso do cinto de segurança aumentou 32% no Paraná. Em 2021 foram registradas quase 121 mil infrações. O mês de maio contabilizou o maior número: 12,4 mil. Só no primeiro trimestre deste ano as notificações passam de 32 mil.

Curitiba é a cidade que lidera o ranking das infrações no estado desde 2019. Em pouco mais de dois anos a capital já contabiliza quase 55 mil. Londrina é a segunda na lista, com 42 mil. Maringá vem na sequência, com 15 mil. Os dados são de levantamento do Detran-PR.

No último fim de semana um acidente deixou pai e filha gravemente feridos em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Segundo a equipe do socorro que atendeu a ocorrência as vítimas estavam sem o cinto de segurança. Uma frase recorrente: “a vítima estava sem o cinto de segurança”.

Mas, qual será o motivo dessas infrações seguirem acontecendo, mesmo após mais de vinte anos do uso obrigatório? Segundo o especialista em trânsito, Celso Mariano, o problema ainda é cultural.

Pesquisa recente do IBGE mostra que o uso do cinto de segurança nos bancos da frente é um hábito de 79% dos entrevistados. Mas, apenas 54% dos brasileiros afirmam sempre usar o cinto quando estão sentados na parte de trás do carro.

O especialista destaca que entender o real motivo da necessidade do uso do cinto é a peça chave – salvar vidas.

Não basta apenas a exigência, é preciso fiscalização, de acordo com Celso Mariano.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro o uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo. O descumprimento da regra é considerado uma infração grave e a multa é no valor de 195,23.