As chuvas de abril ficaram acima do esperado em grande parte do Paraná. Os dados do Simepar sobre as precipitações em 11 estações meteorológicas revelam que na maior parte delas o índice pluviométrico ficou acima da média. Chegou até a quadruplicar em Foz do Iguaçu, com aumento de 409%, onde choveu 299 milímetros, frente a uma média histórica de 73 milímetros para o mês.

Em Campo Mourão (149,4 mm), Francisco Beltrão (276,4 mm), Cascavel (254,8 mm) e Pato Branco (276,4 mm) o acumulado foi praticamente o dobro do esperado.

No Litoral, ao contrário, o desvio foi negativo: em Antonina o índice foi de 152,3 mm de precipitação, 17,7% abaixo do esperado; em Guaratuba, choveu 151,2 mm, 22,3% abaixo da média.

Já as temperaturas estiveram dentro do comportamento histórico. O mês passado foi marcado ainda pelo registro de menor temperatura do ano em General Carneiro e fechou com tempestades de granizo e vendaval, que impactaram o fornecimento de energia elétrica, especialmente em Maringá.

O padrão foi bem diferente em abril de 2021, quando o regime de chuvas ficou abaixo da média em todo o Estado.

Temporais fecharam o mês atingindo com mais força os municípios das regiões Oeste, Sudoeste, Sul e Metropolitana de Curitiba, na madrugada do dia 23. De acordo com o Simepar, a passagem de uma frente fria pelo Estado desencadeou os temporais acompanhados de muitas descargas elétricas, rajadas de ventos e chuva de granizo em diferentes cidades.

Com rajadas de vento que chegaram a 91,8 km/h, foi considerado um dos piores eventos climáticos na região Noroeste e o mais severo da história da Copel no município.

No auge das chuvas, 473 mil domicílios chegaram a ficar sem energia em diversas regiões do Paraná.
Para este mês de maio, a expectativa do Simepar continua sendo de gradual enfraquecimento do fenômeno La Niña. O comportamento das temperaturas também deve se manter dentro do esperado.