Com a chegada do frio, os casos de síndromes respiratórias aumentam e os hospitais registram aumento do número de pacientes à espera de atendimento. Essa contatação fica evidente no último Boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apontou aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no início do mês maio, no Paraná. O estado está entre os que apresentam crescimento de casos nas projeções de longo prazo.

O atual cenário é reflexo da alta de casos de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza.

Segundo a Fiocruz, em quatro semanas epidemiológicas analisadas no país, houve predomínio de casos com resultado positivo para vírus respiratórios. Influenza A registrou alta superior a 24%, Vírus Sincicial Respiratório teve aumento de 58% ndo número de casos e Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, registrou crescimento de quase 8%.

Em relação aos casos positivos contabilizados, este ano, em todos os estados, mais de 16% foram de influenza A, 36% de Vírus Sincicial Respiratório e 35% de casos de Covid-19.

A médica infectologista Camila Ahrens, do Hospital São Marcelino Champagnat, falou sobre os vírus que mais circulam nesse período de outono e inverno.

Camila Ahrens explicou que manter a higiene das mãos, entre outros cuidados básicos, é uma das formas de evitar o contágio por vírus respiratórios.

Conforme alertou a especialista, manter a carteira de vacinação atualizada ajuda na prevenção de muitas doenças, entre elas as que são causadas por vírus que afetam o sistema respiratório.

No Paraná, desde o dia 2 de maio, o imunizante contra a gripe foi liberado para toda a população a partir de seis meses de idade. Em Curitiba, a vacina pode ser tomada em todas as unidades de saúde da cidade.

Já a vacina anticovid voltou a ser aplicada, desde a última segunda (15), nos púbicos prioritários em 108 unidades de saúde da capital paranaense.

A CBN Curitiba entrou em contato com alguns hospitais da região para saber como está a demanda para casos de sintomas respiratórios.

O Hospital Universitário Cajuru informou que o pronto-socorro opera em sua lotação máxima, nesta quarta-feira (15), com períodos de restrição dos encaminhamentos devido à alta demanda de emergências.

O Hospital São Marcelino Champagnat comunicou que a busca por atendimento foi percebida desde a segunda quinzena de fevereiro e segue da mesma forma neste mês de maio. A procura no pronto atendimento chegou a crescer 40% na comparação com outros meses do ano. Esse crescimento na demanda foi ocasionado por quadros gripais, comuns da época, e potencializado pela epidemia de dengue no país.

A assessoria do Hospital Nossa Senhora das Graças informou que os principais casos que chegam ao pronto atendimento adulto são infecção aguda das vias aéreas, gripe e sinusite aguda. O tempo médio de espera gira em torno de 1h30.

O Hospital do Trabalhador (HT) comunicou que todos os leitos de UTI da unidade hospitalar estão ocupados e o pronto-socorro segue aberto normalmente. Segundo o hospital, o movimento está dentro do esperado.

O Hospital do Trabalhador informou que o perfil de atendimento é essencialmente voltado ao trauma, em sua maioria casos de ortopedia.

A Secretaria de Saúde de Curitiba informou que ainda não observou mudanças na procura por atendimento em relação à chegada do frio e consequentemente o aumento de casos de síndromes respiratórias.

De acordo com a prefeitura, o tempo de espera nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), para casos não urgentes, está dentro da normalidade, em torno de uma hora em média. Já os casos de emergência não aguardam, esses são atendidos imediatamente.