O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14) e elevou o alerta para o mais alto nível com perigo de surto. A última vez em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia chamado a atenção para a doença foi no final de 2022, quando houve o surto da “varíola dos macacos”, nome dado anteriormente à doença.

Em maio de 2023, quando os casos começaram a diminuir, a OMS rebaixou o nível de alerta.

No entanto, este ano, a doença voltou a ser classificada como surto no continente africano, em razão do alto número de casos e mortes registradas. Segundo as autoridades de saúde, uma nova variante, mais agressiva e transmissiva, foi detectada na África, com disseminação mais significativa na República Democrática do Congo. Conforme a OMS, desde janeiro, o país já contabilizou quase 14 mil casos de mpox e 450 mortes. Os dados foram divulgados no último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Africa CDC.

Por enquanto, não foi detectado altos níveis de transmissão da doença fora da África, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Este ano, até o momento, a cidade de Curitiba registrou seis casos de mpox, sendo o último no mês de julho, o que mostra um cenário controlado da doença, como definiu o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alcides de Oliveira.

Em 2022, foram confirmados 210 casos da doença em moradores de Curitiba. Já em 2023 foram confirmados 30 casos. Todos foram confirmados em pessoas do sexo masculino.

O diretor do Centro de Epidemiologia explicou ocorre a transmissão da mpox.

Em 2023, quando foram confirmados muitos casos no país, o Ministério da Saúde disponibilizou vacinas. Em Curitiba, foram aplicadas 572 doses do imunizante contra varíola.

Contudo, neste momento, não há vacina para mpox na capital, nem o medicamento antirretroviral, pois esse protocolo é de responsabilidade do Ministério da Saúde, conforme a Secretaria Municipal de Curitiba.

Na capital, as pessoas podem procurar atendimento nas unidades de saúde ou pela Central Saúde Já, no telefone 3350-9000. Os pacientes são acompanhados pelos profissionais que monitoram os casos suspeitos.