Casos como o que aconteceu em Curitiba nesta semana, quando o soldado da PM, Dyegho Almeida, matou a ex-mulher e depois cometeu suicídio são comuns, segundo o Fórum da Segurança Pública. No anuário publicado em 2022, o estado do Paraná aparece entre os que mais possui registros de suicídios de policiais militares.

Entre 2020 e 2021, foram 15 ocorrências. Para Isabel Figueiredo, consultora do Fórum de Segurança Pública, a prática do feminicídio seguida do suicídio é vista a bastante tempo nos levantamentos realizados pela instituição.

De janeiro a julho, 42 feminicídios foram registrados no estado do Paraná, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SESP). As vítimas têm idades entre 13 e 75 anos. Um dos recursos para tentar impedir essa situação é a utilização de medidas cautelares, que impedem a aproximação e contato do agressor com a vítima.

No caso do pm, que matou a ex-mulher, a liminar contra ele foi concedida no domingo (11), mas até o dia dos fatos, na terça-feira (13) nenhum dos dois havia sido notificado.

Para o advogado Frederico Brusamolin, especialista em Direito Penal, é necessário uma urgência maior nos trâmites burocráticos, para que vidas sejam salvas, efetivamente pelas medidas protetivas.

A solicitação de medida protetiva é feita direto na delegacia da Polícia Civil ou através do Ministério Público. As decisões costumam ser expedida em questão de dias.