Em todo o estado, o número de casos confirmados de dengue saltou de pouco mais de 14 mil, no início de abril, para quase 36 mil, em maio, o que aponta alta de 152%. Esses dados estão no Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado semanalmente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O número de mortes em decorrência da doença também apresentou elevação de 75%, passando de 12 para 21 no começo deste mês.

No período analisado, ficou constatado que as nove mortes foram todas registradas no interior do estado, sendo três em Londrina, três em Ibiporã, além de mais três registradas nas cidades de Foz do Iguaçu, Sertanópolis e Prado Ferreira. Todas as vítimas apresentavam comorbidades e tinham idade superior a 38 anos.

Essa alta de casos preocupa o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto.

O índice de casos severos também registrou alta de acima de 180%, passando de 387 para quase 1.100 casos. Ao todo, o Paraná já contabiliza perto 192 mil notificações da doença.

O secretário de Saúde falou sobre os cuidados que jamais devem ser esquecidos pela população.

Conforme o Boletim Epidemiológico, até o momento não houve registro de zyka vírus. Já os casos de febre chikungunya subiram 164%. Em maio, já são 283 confirmações da doença, sendo que em abril foram 107 casos de chikungunya confirmados. No mesmo período, houve duas mortes.

Os sintomas da dengue são parecidos com o de uma gripe. Porém, a dengue não apresenta sintomas respiratórios, como coriza, nariz entupido ou tosse. O paciente deve procurar atendimento médico assim que os sintomas aparecerem.

A dengue, em sua forma grave, começa com os mesmos sintomas da dengue leve, mas com o término da febre surgem os sinais de alerta, que, normalmente, aparecem entre o 3º e 5º dia. Esse período é chamado de crítico para a doença. Porém, quando tratados corretamente, a maioria dos casos evolui para a cura.

Os sinais que pedem maior atenção incluem dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; sonolência, agitação e confusão mental – principalmente em crianças; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória e perda de consciência.