A farmacêutica Daniele Stuart, que oferece cursos na área de estética, se defendeu nesta terça-feira (11), depois de ser citada nas investigações sobre a morte de um homem de 27 anos, que passou pelo procedimento de peeling de fenol, em São Paulo. A profissional trabalha em Curitiba.

A influenciadora Natália Freitas é investigada pela morte, registrada no início de junho. Ela citou, em depoimento, que fez a capacitação online, ofertada por Daniele pelo valor de R$ 500. Por isso, a Polícia Civil de São Paulo fez contato com a Polícia Civil do Paraná para auxiliar nas investigações.

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Daniele enfatizou que Natália não teria a habilitação para fazer a aplicação do peeling de fenol, mesmo passando pelo curso. Além disso, afirmou que a influenciadora não utilizou os procedimentos ensinados no curso e que o fenol foi usado em uma pele lesionada, o que não é recomendado.

O advogado Jeffrey Chiquini, que representa a farmacêutica, disse que a influenciadora não havia concluído o curso antes do procedimento.

O curso oferecido por Daniele é considerado conceitual. Segundo o advogado, a venda de cursos conceituais está dentro da legalidade e que irá apresentar à polícia as provas de que o protocolo ensinado na capacitação não foi aplicado durante o procedimento na vítima.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o peeling de fenol é um procedimento estético que demanda extrema cautela e é “indicado para tratar casos de envelhecimento facial severo, caracterizados por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida”. O órgão também reforçou que o fenol é um composto tóxico absorvido pela pele e pode causar complicações quando aplicado de forma incorreta. Nos casos mais graves, pode ocorrer problemas cardíacos e levar a morte.

Em nota, a Polícia Civil do Paraná informou que já tomou conhecimento dos fatos e que oitivas serão realizadas nos próximos dias.

*Matéria atualizada às 19h22