Antonio Henrique dos Santos, apontado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) como mandante do assassinato da ex-mulher, Tatiana Lorenzetti, foi condenado a 37 anos e seis meses de prisão. Além do ex-marido, outros três réus também foram condenados durante a sessão de julgamento que teve início na quarta-feira (12) e terminou na madrugada desta quinta-feira (13).
O júri condenou os quatro acusados a penas que variam de 25 a 37 anos de prisão, de acordo com o envolvimento de cada um no crime.
O ex-marido foi acusado de encomendar a morte da Tatiana que trabalhava como gerente de uma agência bancária no bairro Capão Raso.
Segundo as investigações, Antonio Henrique queria ficar com a guarda da filha, que na época morava com a ex-mulher. Além disso, de acordo com a Justiça, o ex-marido tinha a intenção de receber o seguro de vida que seria pago à filha do casal com a morte da mãe.
Com a condenação, o réu perder a guarda da filha e também o cargo público que ocupava no Instituto Médico Legal (IML).
A condenação considerou as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime praticado no âmbito doméstico e familiar.
O promotor de Justiça, Marcelo Balzer Correia, falou sobre a conclusão do julgamento.
Os outros três envolvidos no planejamento do crime ou na participação do assassinato foram condenados a penas de 25 a 30 anos. Moisés Gonçalves, acusado de intermediar o crime, foi condenado a 25 anos de prisão; Tales Arantes da Silveira Serafin e André Luiz Correia Barbosa, acusados de ajudar na fuga do atirador, foram condenados a 28 e 30 anos de prisão, respectivamente.
Conforme as investigações, os três acusados receberam R$ 25 mil para auxiliar na fuga do assassino, Jonathan Silva, que morreu em confronto com a polícia no mesmo dia do crime, 28 de dezembro de 2020.
Tatiana Lorenzetti tinha 40 anos quando foi morta com um tiro na cabeça quando saía para almoçar da agência bancária em que trabalhava, no bairro Capão Raso. De acordo com a Justiça, o ex-marido planejou o assassinato de Tatiana, mas queria que parecesse um latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Para isso, o atirador levou a bolsa da mulher, simulando um assalto, e disparou um tiro no rosto da vítima.