O juiz Thiago Flores, que conduz o júri popular do caso Daniel no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiu suspender a sessão na noite desta terça-feira (19), após um pedido dos jurados. Houve um debate entre eles sobre a duração dos trabalhos, que são desgastantes. Foram cerca de 14 horas de sessão na última segunda-feira (18) e quase 12 horas nesta terça. Com isso, a sessão será retomada às 8h30 desta quarta-feira (20).
O dia foi marcado com os depoimentos de cinco réus e com os debates entre a defesa e a acusação. A réplica e a tréplica estão previstas e compõem a sessão desta quarta-feira.
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Thiago Flores decidiu pela suspensão da sessão alegando que 150 quesitos serão analisados pelos jurados. Se não houvesse a interrupção dos trabalhos na noite desta terça-feira, esta parte terminaria por volta das 5 horas da manhã de quarta-feira (20), segundo estimativa do magistrado.
Para Elias Mattar Assad, advogado de defesa da família Brittes, o rito segue o previsto.
O promotor João Milton Salles explicou que a réplica pode beneficiar tanto a acusação quanto a defesa.
Ele ainda destacou que o julgamento também aborda temas além dos fatos.
Na retomada da sessão, serão destinadas duas horas para a acusação e outras duas para a defesa. Posteriormente acontece a votação de 150 quesitos que serão respondidos pelos jurados. São perguntas formuladas pelo presidente do júri, ou seja, o juiz que conduz a sessão sobre o crime e outras circunstâncias.
Os jurados vão responder, por exemplo, quesitos sobre a materialidade do crime, autoria do homicídio e qualificadoras.
* Com informações de Vinicius Bonato
* Matéria atualizada às 20h35