Setem lugar que gosto de ir é n’A Ostra Bêbada. Bar de alto astral, comida boa, bebida boa e um clima que lembra aqueles bares despojados do Rio de Janeiro, de beira de praia. Só não tem a brisa na cara por estar bem longe da praia, aliás, bem no centro da cidade de Curitiba. Conforme o dia tem Sardinha na brasa, deliciosa, como aquelas das ruas de Portugal. Feitas na churrasqueira, lá mesmo, na calçada, como em terras lusitanas.

Ostra, então? Claro que não poderia faltar, pois carrega no nome. E, além disso, anualmente, promove o concurso de abertura de ostras, que é muito divertido e sempre tem muita gente inscrita, entre amadores e profissionais. A meta é abrir o maior número possível de ostras, num determinado tempo, mas sem machucar ou quebrar a concha. Enche de gente na calçada, em torno da mesa dos jurados – onde sempre estou, com raríssimas exceções.

Quer saber mais sobre o assunto? Então ouça a coluna CBN Sabores:

Mas o assunto aqui hoje é outro: caranguejo. Estamos em plena temporada e há ofertas de caranguejos por toda parte. Mas a grande maioria no sistema de rodízio, que – sempre disse aqui -, não considero o melhor método, pois gera muito desperdício. Por mais que os molhos e acompanhamentos sejam os mais saborosos possíveis.

Ali é diferente, A Ostra Bêbada serve os crustáceos e cobra pela quantidade que vai à mesa. A partir de um só, que custa R$ 15. Caso a pedida seja de meia dúzia, ficam por R$ 80 e a dúzia chega a R$ 150.

Sou daqueles que come pouco, porque escarafuncho cada um deles, da patola, às patinhas, com calma e paciência. E ainda aproveito toda a saborosa carne da carcaça – sempre desprezada pela volúpia como as pessoas consomem em rodízio.

Os caranguejos vêm da baía da Paranaguá, da região de Guaraqueçaba e as porções chegam às mesas acompanhadas de vinagrete, molho shoyu, farinha de mandioca e uma deliciosa manteiga clarificada derretida, meu acompanhamento favorito. Daí é só pedir um vinho branco (preços de alguns argentinos estão bem na medida) ou uma cerveja daquelas artesanais e tudo de bom.

Também da terra

Mas A Ostra Bêbada não é só frutos do mar – ainda tem vieiras, bacucu, mexilhão, camarão, vôngole, caramujo e polvo. Pelo contrário, tem um menu riquíssimo em outras proteínas, como um prato de filé mignon, que pode ser à parmegiana, acebolado, à cavalo ou simples. Servido com arroz branco e fritas, com valores de R$ 62 a R$ 118.

E como é um bar, claro que tem Carne de onça, Rollmops no azeite, Azeitonas marinadas, Sardinhas em escabeche, Salmão gravlax, Lula frita, Linguiça acebolada, Pastel de camarão, Bolinho de bacalhau, Iscas de Mignon e Jamón y queso, entre outros acepipes.

Sem contar os sanduíches e as sobremesas.

Funciona de terça a domingo.

Terça a sexta, cozinha das 11h às 22h45. Bar, das 11 às 23h;

Sábado, cozinha das 12h às 22h45; bar, das 11h às 23h;

Domingo, cozinha das 12h às 16h e bar das 11h às 17h.

A Ostra Bêbada – Bar e Cozinha

Rua Desembargador Ermelino de Leão, 95 – Centro

Fone: (41) 3322-0940