A campanha nacional Maio Amarelo começa nesta segunda-feira e tem o objetivo de conscientizar os cidadãos para promover um trânsito mais seguro. E essa transformação só é possível com a contribuição de cada um que faz parte do trânsito, como, motoristas, motociclistas, ciclistas e também pedestres.

É um trabalho que requer o esforço de todos. Educação no trânsito inclui boas condutas, respeito e empatia, de acordo com a Escola Pública de Trânsito (EPTran). Outras ações, como, a criação novas estruturas cicloviárias e a revitalização das já existentes, também ajudam a melhorar a mobilidade.

O setor que fiscaliza o trânsito também faz orientação, monitoramento constante do fluxo de veículos para os devidos ajustes na operação de trânsito, além da troca e da implantação de novas sinalizações, sejam pintura no asfalto ou instalação de placas, e a devida fiscalização dos motoristas infratores.

Dados divulgados em um relatório do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) apontam que dos mais de 5.000 acidentes ocorridos em 2021, em Curitiba, cerca de 2.600 envolveram motociclistas, o que representa quase 52% do total. O número geral de acidentes com veículos pesados subiu de 4.800 registros, em 2020, para pouco mais de 5.000 no ano passado. Aumento de quase 4%.

O balanço indica que da frota total de veículos da cidade, que é de 1,5 milhão, cerca de 168 mil, o que equivale a 11%, são de motocicletas, e os condutores se envolveram em 66% dos acidentes com vítimas. Os dados ainda apontam que, em 2021, os motociclistas foram as principais vítimas fatais. Das 47 mortes registradas no trânsito na cidade, 30 foram de condutores de motos. Desse total, 21 vítimas tinham entre 18 e 40 anos, sendo 19 homens e duas mulheres.

O relatório indica que desde 2019 a incidência de acidentes com motos aumentou na cidade. Há três anos, dos mais de 6.100 acidentes, 41% envolviam motocicletas, o que representa pouco mais de 2.500 ocorrências. Em 2020, esse número subiu para quase 50% do total, pois dos 4.840 acidentes, em 2.400 havia motos envolvidas. Já em 2021, esse índice subiu para quase 52%.

O especialista em trânsito, Celso Mariano, explica que mesmo com a criação do mês de conscientização, Maio Amarelo, a sociedade continua muito longe de se identificar como uma comunidade que se preocupa e faz algo em relação ao tema.

Ter educação para o trânsito nas escolas é outro fator fundamental.

De acordo com Celso Mariano, países que conseguiram diminuir efetivamente a violência no trânsito fizeram esse trabalho com educação e infraestrutura adequadas.

A Prefeitura de Curitiba segue os critérios estabelecidos pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) e lançou, na manhã desta segunda-feira, a campanha Maio Amarelo, com ação educativa na Avenida Cândido de Abreu.