O Paraná segue com possibilidade aumentada de incêndios florestais em todas as regiões, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) neste mês de julho.

Para atuar na prevenção de ocorrências desta natureza, foi lançada nesta terça-feira (19) uma campanha de prevenção que envolve vários setores. Um estudo aponta que de dez incêndios, nove são provocados pelo homem.

O monitoramento dos focos ativos por estado, atualizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, mostra que de janeiro até agora, o Paraná registrou 654 focos de incêndio em todo território. O mês ainda não terminou, mas já detém o maior número de queimadas do ano, 174.

Outros indicadores apontam que a estiagem deve prevalecer nos próximos meses, o que preocupa. Por isso o tema da campanha “Uma floresta segura depende de todos nos”, conforme esclarece o gerente de políticas públicas do IDR Paraná, Amauri Ferreira.

A Defesa Civil mantém o telefone 199, para denunciar queimadas. O Corpo de Bombeiros também pode ser acionado pelo 193. Um comitê que reúne vários órgãos que podem ajudar, permanece em alerta, segundo o major Nascimento.

O engenheiro florestal Zaid Nasser é diretor da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) que representa aproximadamente 45% da área territorial com plantios florestais no estado e reúne organizações de ensino e pesquisa. Para ele, a união faz a diferença na hora de prevenir.

Quem provoca incêndios, mesmo sem querer, tem como penalidades a prisão de dois a quatro anos e multa que varia de R$5 mil a R$50 milhões de reais, dependendo do número de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à flora e à fauna.