O projeto de lei que discute a regulamentação de mototáxis em Curitiba voltou para o autor do projeto após análise da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

O parecer argumenta que faltam informações sobre a estimativa de impacto orçamentário e financeiro.

O presidente da Comissão, Serginho do Posto (União), explicou a necessidade de apresentar mais informações sobre os recursos financeiros e estimativa de impacto nos cofres públicos.

De acordo com o projeto, o objetivo é regulamentar esse serviço por meio da Urbs. Mas um dos argumentos da Urbanização de Curitiba era a preocupação com a segurança.
Dados do Corpo de Bombeiros mostram que das nove mil ocorrências atendidas em Curitiba entre janeiro e 11 de julho de 2023 pela corporação, 35% estão relacionadas a acidentes com motos. São 3.205 ocorrências envolvendo motocicletas, 141 atendimentos com risco à vida e 28 mortes no local.

Na época da apresentação do projeto, a Urbs enviou documento com resposta para a proposta. O argumento é de que o aumento das motos poderia aumentar o risco de acidentes de trânsito.

“No que tange à mobilidade urbana, o aumento das motocicletas pode aumentar o risco de acidentes de trânsito, especialmente se as estradas não estiverem bem adaptadas para acomodar esse aumento. Áreas reservadas a motociclistas aguardarem a abertura dos semáforos, podem ser úteis ao tráfego normal, já existente nas vias, mas ao aquecer essa fatia veicular, vê-se que os acidentes tendem a ser mais sérios e podem resultar em lesões graves ou fatais para os motociclistas” cita o documento.

O presidente do Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi), Djalma Rodrigues, explica que a posição do Sinditaxi é contrário citando preocupações com a segurança.

Segundo ele, a realidade de cidades grandes são diferentes do que em localidades menores que utilizam esse serviço.

O projeto de autoria do vereador Zezinho Sabará (União) argumenta a importância da disponibilidade desse serviço como mais uma opção de mobilidade urbana e acessibilidade para mais pessoas.

Ele argumenta que os custos seriam mínimos ao município e que a Urbs ficaria livre para apresentar os critérios do serviço.

O projeto avançou na CCJ ainda no mês maio. A Câmara aguarda que as informações necessárias sejam adicionadas ao texto para que, em seguida, possa seguir para apreciação da Casa.

A URBS informou a CBN Curitiba que não vai comentar o projeto antes que hajam mais avanços.