A Câmara Municipal de Curitiba definiu o futuro de Eder Borges, vereador que teve mandato cassado, após condenação por difamação.

A Mesa Diretora do legislativo municipal afirmou que acatou a ordem do desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná. Vai publicar nesta quarta-feira (22) o ato que fará com que Eder Borges (PP) volte, automaticamente, para o posto de vereador. Mestre Pop (PSD), que assumiu a vaga de Borges após a cassação, deixa a cadeira e volta a ser suplente.

Nesta segunda-feira (20), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) determinou que a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) devolga a Eder Borges o cargo no legislativo. Ele teve o mandato cassado no dia 27 de maio após ser condenado por difamação.

A decisão do TJPR, assinada pelo desembargador Miguel Kfouri Neto, aponta um erro do próprio tribunal na condução do processo. Quando Eder Borges foi cassado, a condenação havia transitado em julgado, fazendo com que não coubessem mais recursos e o vereador perdeu a função pública.

O advogado Alexandre Zeigelboin, que representa o parlamentar, diz que o TJ reconheceu que ainda há embargos da defesa do vereador a serem julgados, e retificou o trânsito em julgado.

Em maio deste ano, Eder Borges teve o mandato cassado pela Câmara Municipal de Curitiba por conta de um processo criminal envolvendo o parlamentar e que foi movido pela APP Sindicato.

No processo, a APP Sindicato alega que Eder Borges, em 2016, quando ainda não era vereador de Curitiba, difamou a associação com uma montagem de fotos atribuindo à APP Sindicato a manipulação de estudantes nas escolas do Paraná.

Na ocasião, Eder Borges compartilhou uma foto do Colégio Estadual do Paraná e ao lado uma foto com uma foice e um martelo, símbolos do Comunismo.

Eder Borges chegou a ser condenado por difamação e, por isso, a Câmara Municipal de Curitiba decidiu pela cassação do mandato.