O calor e as baixas taxas de umidade do ar têm causado alerta no Paraná. Nas últimas semanas, o estado tem registrado temperaturas elevadas, ultrapassando os 30ºC, e índices de umidade inferiores a 50%, abaixo do ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento do Ambiental do Paraná (Simepar) indicou que as temperaturas estão elevadas devido a uma massa de ar aquecida que impede a chegada de uma frente fria, que poderia trazer a chuva concentrada no Rio Grande do Sul e Santa Catarina para a região. Na capital paranaense, os termômetros podem chegar a 28ºC durante a semana. O meteorologista Fernando Mendes explica a situação.

Com os ventos mais aquecidos e o clima abafado, a expectativa é sobre quando essa situação irá mudar. O especialista indica que a frente fria pode se aproximar, mas a possibilidade de que isso aconteça ainda é incerta e, se houver, pode ser registrada a partir da terceira semana de maio.

A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR) indicou que o estado teve, de janeiro até agora, 6,4 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desse total, 1,5 mil foram em crianças menores de cinco anos. A pasta informou que a maioria das crianças infectadas tem apenas sintomas leves. Mesmo assim, o médico Francisco Pupo aponta como o calor pode prejudicar a saúde das pessoas.

Em algumas regiões do estado, como no Norte e Noroeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de grande perigo por conta de uma onda de calor, com temperaturas 5ºC acima da média. Na capital paranaense, não há o alerta, mas as altas temperaturas exigem cuidado.

Em boa parte do estado, o sol predomina e eleva as temperaturas de maneira rápida ao longo do dia. A parte da tarde tem sido abafada, causando desconforto na população. No litoral, a umidade do ar registrada em Antonina chegou a 27% nesta segunda-feira (6). Em Altônia, o índice chegou a 37%, segundo o Simepar.