Lançada em setembro deste ano e utilizada nas unidades de saúde do Paraná, a Caderneta do Idoso é voltada para pessoas com mais de 60 anos. Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), na carteira ficam registradas todas as informações para facilitar o acompanhamento e o desenvolvimento da saúde dos idosos.

A população nessa faixa etária é de quase 1,9 milhão, sexta maior população idosa do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo de 2022. Também há 1.299 pessoas centenárias no estado.

A Caderneta do Idoso possui informações e instruções para os familiares, além de conter espaços para anotações que podem ajudar no diagnóstico das condições de saúde, assistência social e controle de doenças.

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, ressaltou a importância da caderneta na hora do atendimento a essas pessoas.

O Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) é um diferencial da Caderneta da Pessoa Idosa, já que reúne informações que possibilitam uma avaliação detalhada na hora de identificar um idoso que tem a saúde mais frágil, além de facilitar o entendimento entre as pessoas com mais de 60 anos e cuidadores, familiares ou diferentes profissionais envolvidos nessa rede de assistência.

A Secretaria de Saúde do Paraná informou que, somente em 2022, foram realizados aproximadamente 6,5 milhões de atendimentos individuais para esse público, por médicos e enfermeiros ligados ao programa de Atenção Primária à Saúde (APS), porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quase 75% dos idosos paranaenses dependem de atendimento disponibilizado pela rede pública.

O governo do estado direciona os programas de saúde, de acordo com análises estatísticas, para oferecer atendimento adequado e conforme a demanda. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida da população paranaense em 2010 era de 75,2 anos, sendo de 71,9 anos para homens e 78,6 anos para mulheres. Em 2021, 11 anos depois, a média subiu para 78,5 anos, com média de 75,1 anos para os homens, enquanto as mulheres paranaenses vivem quase sete anos a mais, com média de 81,9 anos.

As carteiras elaboradas pela Secretaria Estadual de Saúde já foram entregues e a utilização ocorre de forma gradativa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 399 municípios paranaenses. Assim que os pacientes idosos retornam para atendimento, a caderneta antiga é substituída pelo novo documento, com explicações detalhadas para os usuários.

Os principais objetivos da caderneta são aumentar o monitoramento sobre doenças e reduzir as incapacidades e dependências do idoso, com avaliação funcional e psicossocial. Ao todo, são 37 páginas para o registro de atividades diárias, uso de medicamentos, hospitalizações, quedas, cuidado com a saúde bucal, além de outras informações detalhadas do convívio social e familiar.

Conforme a Sesa, essas medidas são adotadas para melhorar a qualidade de vida do público dessa faixa etária e também auxiliar equipes de saúde para garantir melhor atendimento nas unidades de saúde.