O uso correto do cinto de segurança e da cadeirinha infantil continua sendo um dos fatores mais importantes para a proteção de bebês e crianças no trânsito. Mesmo assim, muitos responsáveis ainda ignoram ou utilizam de forma inadequada esses dispositivos. Um levantamento recente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que, no Paraná, 21% das crianças de até 4 anos envolvidas em acidentes não usavam a cadeirinha e outras 30% estavam com o equipamento instalado de forma incorreta.

Além disso, dados do Detran e da PRF reforçam que a falta de cinto segue entre as infrações mais cometidas no país e está diretamente relacionada a mortes evitáveis no trânsito.

Para explicar o que diz a lei e alertar sobre os riscos, o advogado especialista em trânsito Walber Pydd conversou com a CBN Curitiba e classificou os números como preocupantes.

O que diz a lei

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o transporte de crianças deve seguir regras específicas conforme idade, peso e estatura. A cadeirinha passou a ser obrigatória a partir de 2008, com atualizações posteriores.

Walber explica que os dispositivos devem seguir três critérios básicos: adequação ao peso e à idade da criança, instalação correta e certificação pelo Inmetro.

“Não existe trajeto seguro para levar criança no colo”

Entre os erros mais comuns observados pelo especialista está a ideia de que pequenas distâncias não oferecem risco. Segundo Walber, trata-se de um dos maiores equívocos de comportamento no trânsito.

Penalidades e riscos

Transportar crianças sem cadeirinha ou de maneira inadequada é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo até regularização. Em caso de falta do dispositivo, o motorista precisa aguardar outro veículo trazer a cadeirinha antes de seguir viagem.

Walber lembra que a regra vale também para crianças em motocicletas: menores de 10 anos não podem ser transportados em moto por não terem condições de zelar pela própria segurança.

Confira a entrevista na íntegra: