Os dispositivos que acionam a Polícia Militar em caso de emergência em escolas, os chamados botões do pânico, se tornaram ferramenta importante na prevenção à violência. No Paraná, a iniciativa foi anunciada em abril, pelo governador Ratinho Júnior (PSD), após o ataque em uma escola em Santa Catarina.

Ex-aluno invade escola, mata estudante e atira contra adolescente em Cambé. O assassino, de 21 anos, foi preso e encaminhado à Londrina. Imagens: CBN Londrina.

O objetivo é aumentar a presença das estruturas de segurança pública no ambiente escolar e integrar os órgãos estaduais para evitar que o estado passe por situações do tipo. Segundo o governador, a medida é necessária para que haja a rápida ação do poder público em situações de crise. No ataque em uma escola em Cambé, no interior do Paraná, o dispositivo chegou a ser utilizado.

Na época, o governador prometeu reforço no policiamento para que ataques do tipo fossem evitados. Em Curitiba, o reforço na segurança nas escolas municipais ficou a cargo da Guarda Municipal. A secretária de Educação, Maria Silvia Bacila, disse que existe um projeto que tem como ideia auxiliar professores e alunos a agirem com rapidez em momentos de crise.

Em Curitiba, todas as escolas possuem o dispositivo, segundo a Secretaria Municipal de Educação. O projeto para reforçar a segurança no ambiente escolar teve início em 2017 e acabou sendo ampliado com a instalação dos botões. Até abril, o dispositivo foi acionado ao menos quatro vezes em situações de insegurança. A secretária explicou como a inciativa funciona.

Nesta segunda-feira (19), o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), defendeu a integração de ações entre o poder público e a sociedade para que a violência não se repita. Ele afirmou que na capital foram colocados quase dois mil botões de pânico à disposição de diretores de escolas. A secretária informou de que maneira a comunidade escolar está se protegendo.

Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) são outros locais onde os itens começaram a ser instalados. Ao todo, as 231 unidades passariam a ter os dispositivos, segundo anúncio realizado pela secretaria em abril. A prefeitura não informou para a CBN Curitiba se todas as unidades já receberam o equipamento.

Em Curitiba, todas as 185 escolas municipais ganharam o dispositivo. A ideia é que o projeto siga sendo ampliado. No Paraná, o programa Olho Vivo também auxilia por meio da tecnologia para intensificar o monitoramento em áreas estratégicas.