Nesta sexta-feira (10), o grupo de 34 bombeiros do Paraná que estavam atuando no Rio Grande do Sul, nas buscas e salvamentos de vítimas das enchentes, falou pela primeira vez sobre os trabalhos realizados. Foram sete dias de Força Tarefa, realizada em cinco cidades gaúchas: São Sebastião do Caí, Canoas, Eldorado do Sul, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Guaíba.

Ao todo, foram 962 salvamentos de vítimas em sete dias. Somando a retirada de animais, foram mais de 1.000 resgates.

Chefe da Força Tarefa, o capitão do Corpo de Bombeiros, Eduardo Hunzicker, conta que teve que tomar decisões sobre quem salvar primeiro, tamanha a proporção da tragédia.

Ao todo, foram 962 salvamentos de vítimas em sete dias. Somando a retirada de animais, foram mais de 1.000 resgates. Alexandre Bettiol Ferelli, capitão e copiloto do helicóptero do BPMOA, contou que a imagem de um idoso agarrado em uma árvore foi uma das mais impactantes para ele.

O tenente do Corpo de Bombeiros, Pedro Rocha de Faria, que atuou no comando de algumas missões no estado gaúcho, também participou de Brumadinho, Petrópolis e dos resgates em Taquari, no Rio Grande do Sul, no ano passado. Ele afirma que este foi o seu trabalho mais difícil.

Na outra ponta, a cabo Irineia Pauluch estava em sua primeira missão desse porte. Ela disse que abraçou muitas vítimas, mas que a cena de pessoas que estavam dormindo em barracas e poderiam ser atingidas pelas águas foi marcante.

Já o relato mais emocionante veio do sargento Ângelo Marcos Rocha de Souza, que chegou a chorar quando lembrou de tudo que viveu durante os sete dias.

Uma nova equipe do Corpo de Bombeiros foi enviada ao Rio Grande do Sul, com 37 agentes. No primeiro dia de trabalho deles, nesta quinta-feira (9), foram duas vítimas salvas e três animais. Os resgates agora devem ser menos frequentes e as atividades vão estar mais focadas na distribuição de donativos e encaminhamento da população.