Daniel Lorenzetto é atualmente o chefe da Divisão de Gestão de Desastres da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná e salvar vidas não é somente a profissão dele. Ao longo dos últimos treze anos esteve em, pelo menos, três desastres naturais que tiraram centenas de vidas.

Em 2009, atuou no rompimento da barragem de Algodões, no Norte do Piauí. Naquela ocasião, nove pessoas morreram e, pelo menos, 4 mil foram atingidas de alguma forma.

Dez anos depois, em 2019, Daniel Lorenzetto foi um dos três bombeiros paranaenses a prestar apoio na busca por feridos e vítimas de outro rompimento de barragem, a de Brumadinho, em Minas Gerais, com cerca de 270 mortes.

Em 2022, integrou as equipes especializadas do Corpo de Bombeiros do Paraná escolhidas para atuarem nas buscas por vítimas desaparecidas em Petrópolis, no Rio de Janeiro, cidade atingida por fortes chuvas que deixaram, até agora, 232 mortos.

Daniel Lorenzetto diz que existiram muitas semelhanças entre Brumadinho e Petrópolis por conta da destruição de ambas as cidades. Mas, na cidade do Rio de Janeiro, foi preciso além de atuar nas buscas, auxiliar as pessoas que perderam familiares, amigos e tiveram que deixar suas casas.

O chefe da Divisão de Gestão de Desastres da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná falou também sobre o cenário visto na cidade carioca durante os sete dias em que esteve lá atuando nas buscas.

Daniel Lorenzetto frisou ainda o aprendizado na atuação em grandes desastres naturais que acontecem pelo país.

A missão oficial paranaense foi encerrada neste final de semana. As equipes foram formadas por militares do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) e quatro cães farejadores.