Um balão com uma bandeira de vários metros caiu perto de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Fazendinha. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que a bandeira acoplada ao balão cai em meio a rua. Depois, ele voa em direção a unidade de saúde e cai sob a fiação elétrica. A Copel emitiu uma nota informando que teve problemas com a rede na Rua General Potiguara, esquina com Dr. Adinar dos Santos Ribeiro. A queda do balão causou o desligamento de 17.200 domicílios na cidade de Curitiba.
A empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade informou que a região dos bairros Pinheirinho, Sítio Cercado e CIC foi afetada por cerca de uma hora até que os técnicos fizessem o reparo do sistema. A normalização de todo o sistema e finalização dos serviços de conserto aconteceu somente no fim da quarta-feira (2), segundo a Copel.
Diego Munhoz, gerente de operação da Copel, ressalta que esse tipo de situação causa prejuízos para todos os usuários.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, nos seis primeiros meses do ano, cinco ocorrências envolvendo a soltura de balões foram registradas em Curitiba. A capitã Luisiana Guimarães, do Corpo de Bombeiros ressalta os perígos da prática.

Na Câmara de Vereadores de Curitiba tramita um projeto de lei que regulamenta o processo de confecção de balões desde fevereiro de 2023. O texto prevê “a confecção e o transporte de balões artesanais de papel, sem fogo, não tripulados, realizados no âmbito das atividades de baloeirismo” em Curitiba, reconhecendo essa atividade como elemento da cultura e do folclore. Conforme a medida, a atividade estaria atrelada a “confecção artesanal e o transporte dos respectivos artefatos, sem bucha de inflamação, cangalha de fogo ou fogos de artifício, confeccionados somente em papel de seda”. Ainda não há prazo para a proposta ser votada.
Enquanto isso, segundo a Polícia Civil, a prática de soltura e confecção de balão ainda é configurada como crime. A lei brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e soltura dos artefatos. Em 2022, a Delegacia da Polícia Civil de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) instaurou quatro inquéritos policiais para investigar a soltura de balões na capital. Já a Polícia Militar do Paraná registrou cinco ocorrências de fabricação ou apreensão de balões em Curitiba e Região Metropolitana de janeiro até o dia 12 de junho deste ano.