Uma reunião realizada pela Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) discutiu medidas que devem ser tomadas para a modernização e melhoria da eficiência da malha ferroviária no estado. O debate foi organizado pelo Conselho Temático de Infraestrutura da entidade e contou com a presença de autoridades e representantes.

Uma das pautas da reunião é o fim da concessão da Malha Sul, grupo de ferrovias administradas pela Rumo Logística. O contrato, que vence em 2027, conta com trechos que ligam as regiões Norte e Noroeste do Paraná ao Porto de Paranaguá. O presidente da FIEP, Edson Vasconcelos, falou sobre a iniciativa.

Para os representantes do setor agropecuário, a modernização do sistema ferroviário é essencial para suprir a demanda de exportação no Paraná. O gerente do terminal portuário das Cooperativas Agrícolas da Região Oeste do Estado do Paraná (Cotriguaçu), Rodrigo Buffara, ressaltou sobre esse ponto.

A reunião também contou com a presença de especialistas do setor. O consultor Luiz Henrique Dividino, ex-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), indicou que a capacidade de carga enviada por trem poderia ser maior no porto, o segundo maior do Brasil.

O evento discutiu ainda o projeto da Nova Ferroeste, que deve ampliar a malha ferroviária no Paraná. O coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, falou sobre os investimentos na nova linha, que pretendem potencializar o escoamento da safra para o porto.

A Nova Ferroeste irá integrar o Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A ideia é reduzir o custo logístico em 28% por meio de 1,5 mil quilômetros de trilhos que vão passar por mais de 60 cidades. O projeto está atualmente na fase final do processo de licenciamento prévio antes de ir a leilão.