Desde dezembro do ano passado, oito Auditores-Fiscais, chefes de equipes de fiscalização da Receita Federal no Paraná, apresentaram pedido de exoneração, mas, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), até o momento as solicitações não foram publicadas, pois estão represadas.

Diante dessa situação, cinco chefes de equipes de fiscalização decidiram entrar com ações judiciais nesta segunda-feira, para que os pedidos de exoneração sejam atendidos.

Conforme o Sindifisco, esse movimento de exonerações é inédito na história da instituição e reflete a desorganização promovida na Receita Federal devido ao aperto orçamentário e à falta de cumprimento de um acordo firmado há quase seis anos e previsto em lei.

O presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional, em Curitiba, Celso José Ferreira de Oliveira, falou sobre essa situação.

O presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão, disse que está acontecendo um desmonte da instituição.

Isac explicou que insumos para o combate à pandemia da Covid-19 são liberados mais rapidamente, mesmo em meio à crise.

A exoneração dos cinco Auditores-Fiscais de equipes regionais que atuam tanto no Paraná quanto em Santa Catarina, vai desfalcar as equipes que trabalham no combate à sonegação de empresas no Paraná, de acordo com o Sindifisco. Esses profissionais são responsáveis por 95% dos valores de lançamento tributários feitos pela Receita Federal. Em 2020, as fiscalizações chegaram a 177 bilhões de reais em todo Brasil. Os números de 2021 ainda não foram consolidados por causa dessa mobilização.