Os desafios e avanços necessários para melhorar a mobilidade urbana do transporte coletivo de Curitiba foram discutidos durante audiência pública na Câmara Municipal de Curitiba, nesta sexta-feira (24). O debate tinha como objetivo apresentar sugestões para a nova licitação do transporte de Curitiba, já que o contrato atual vence em 2025.

O advogado Rodolfo Jaruga participou da audiência como palestrante. Ele comentou que é preciso recuperar os usuários do transporte coletivo que deixaram de utilizar os ônibus nos últimos anos.

A audiência também discutiu sobre a Tarifa Zero, adotada por diversas cidades brasileiras. O assunto voltou ao debate mesmo após documento apresentado pela comissão especial de transporte concluir que a revisão de custeio deveria ser observada, mas que medidas de curto prazo não eram viáveis.

Outro assunto abordado foi a abrangência das linhas de ônibus nos bairros mais afastados da cidade. A doutora em Planejamento Urbano e professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Simone Polli, explica que há uma defasagem na cobertura do transporte em algumas regiões.

A Urbanização de Curitiba (URBS) foi convidada para participar da reunião, mas não compareceu. Segundo a URBS, todos os diretores e gestores da Urbs participavam de reunião com finalidade de implementação do Plano de Gestão de Riscos e Compliance na URBS, nas instalações da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

A Agência de Assuntos Metropolitanos (AMEP) também foi chamada para o debate, mas não compareceu. De acordo com a agência, o presidente cumpre agenda oficial no México e não poderia participar. A AMEP também informou que não possui participação ativa nesse contexto específico pois se refere apenas o Município de Curitiba.

Em abril, a prefeitura de Curitiba havia anunciado o início dos trabalhos para a composição da nova modelagem que deve ser adotada para o contrato de concessão do transporte público da capital em 2025.

Os estudos acontecem em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), onde uma equipe de trabalho deve desenvolver o projeto que se transformará no edital para a nova licitação, prevista para agosto do ano que vem.