Ao relatar a invasão ao gramado da Vila Capanema, o árbitro Bráulio da Silva Machado confirmou o que fica claro pelas imagens de vídeo do jogo deste sábado (11): torcedores do Cruzeiro correram para a área destinada aos do Coritiba, que em seguida também entraram no gramado. A situação causou uma briga generalizada e o jogo só foi reiniciado, após o Batalhão de Choque da Polícia Militar evacuar o gramado, meia hora depois para a disputa dos seis minutos finais. A equipe paranaense venceu por 1 a 0, com gol de Robson, no lance que antecedeu a invasão, aos 45 do segundo tempo.

O caso vai ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode punir os dois clubes determinando que ambos joguem com portões fechados. Mesmo não sendo proprietário do estádio (que é do Paraná Clube) e mesmo que a invasão tenha partido de torcedores do visitante, o Coritiba responde como mandante da partida.

Quando o jogo foi reiniciado, os torcedores que invadiram o gramado não estavam mais no estádio. Ainda segundo a súmula, os cruzeirenses voltaram aos ônibus e foram escoltados por policiais militares até a saída da cidade e os coxas-brancas até a sede da organizada (a Império Alviverde, próximo ao estádio Couto Pereira).

Na súmula, Machado também afirma que foram arremessados do setor da torcida do Coritiba ao gramado copos de plástico com líquido não identificado.

Ameaçado de rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Coritiba disputa mais quatro jogos na Série A de 2023. O próximo adversário é o Fluminense, no dia 25, às 21h, no Maracanã. O Cruzeiro, também com risco de queda, volta a campo no próximo sábado (18), diante do Fortaleza, às 18h30, no Castelão.